Inovação

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Com foco em sustentabilidade e inteligência artificial, agtechs mineiras se preparam para 2025

Conheça startups de dentro do Moon Hub, em Uberaba, e descubra quais são as estratégias para o ano

20/02/2025

Agtechs crescem em Minas Gerais e estado ocupou o quarto lugar no ranking nacional de startups ativas, segundo Radar Agtech em 2023 (Foto: PwC Agtech Innovation)
Agtechs crescem em Minas Gerais e estado ocupou o quarto lugar no ranking nacional de startups ativas, segundo Radar Agtech em 2023 (Foto: PwC Agtech Innovation)

Por Barbara Lemes

 

Conhecido pela rica história e diversidade cultural, o Estado de Minas Gerais vem conquistando seu espaço como um dos principais polos de inovação e empreendedorismo do país. Na capital e no interior, é crescente o número de startups dedicadas sobretudo ao agronegócio.

 

Com 20,5 milhões de habitantes e mais de 2,3 milhões de empresas ativas, de acordo com levantamento feito pela Junta Comercial do Estado (Jucemg), Minas gerais se destaca como um ambiente propício para novos negócios.

 

No agro, o estado ocupa a quarta posição do  Radar Agtech de 2023, com 169 startups ativas, representando um crescimento de 9,74% em relação a 2022. A região que se destaca no ranking é o Triângulo Mineiro, com mais de 40 agtechs.

 

Ecossistema de inovação Uberabense  

 

Com uma história marcada pela inovação, empreendedorismo e pelo agronegócio, Uberaba, a capital do zebu, ocupa uma posição estratégicas no mapa do Brasil - em uma das pontas do Triângulo Mineiro, a menos de 500 km das capitas paulista, mineira, goiana e nacional. Ao mesmo tempo em que preserva suas raízes, a cidade se destaca como um polo tecnológico, movimento que ganhou força com a chegada do Moon Hub há quase dois anos

 

Com gestão tripartite entre o PwC AgTech Innovation, a Prefeitura Municipal de Uberaba e a Ubyfol, a iniciativa fortalece o ecossistema local, impulsiona projetos de inovação e posiciona a região como um polo estratégico para novos negócios. Hoje, o Moon Hub conta com a parceria de mais de 15 startups, que se posicionam cada vez mais à frente do mercado.

 

Entre elas estão a Grão Direto e a Seedz. A primeira, fundada em 2016, em Uberaba, tem se destacado por conectar compradores e vendedores de grãos por meio de uma plataforma de dados e cotações em tempo real. Já na capital, em 2017, nasceu a Seedz, que inova o agronegócio com uma plataforma que gera engajamento, vendas e oferece recompensas para produtores rurais.

 

Moon Hub posiciona região do Triângulo Mineiro como polo estratégico de implatação de novos negócios (Foto: PwC Agtech Innovation)

 

Qual deve ser o olhar das agtechs para 2025?

 

A chegada da geração beta, marca oficialmente o início de uma era mais tecnológica e sustentável. A transformação digital, bem como o uso de inteligência artificial, automações e big data, serão pilares centrais do mercado e redefinirão ainda mais os modelos de negócios.

 

Somando a esse cenário, as empresas agrícolas estão cada vez mais envolvidas na transformação digital do setor. Dados da 28ª edição da Global CEO Survey, pesquisa que ouviu mais de 4,7 mil líderes em mais de 100 países, incluindo Brasil, revelam que 52% dos CEOS do agronegócio dizem que a IA generativa resultou em ganhos de eficiência no uso do tempo das suas equipes. Já 86% dos líderes entrevistados planejam investir na integração da IA com plataformas tecnológicas.

 

Diante desse contexto, as agtechs devem focar em inovações que atendam às demandas emergentes do setor, como a integração de dados, big data, inteligência artificial e automação. Além de desenvolver soluções que facilitem práticas sustentáveis e gerem impactos positivos para o ambiente.

 

Estratégia de mercado e novas soluções estão entre objetivos discutidos para 2025 entre as agtechs de dentro do Moon Hub (Foto: PwC Agtech Innovation)

 

Em Minas Gerais, o PwC Agtech Innovation, acompanha de perto o desenvolvimento das startups que fazem parte do Moon Hub. Abaixo, exploramos algumas das metas que as agtech almejam alcançar ao longo de 2025, com foco em estratégia de mercado e desenvolvimento de novas soluções.

 

Conheça algumas delas:

 

- AgroESGP

A AgroESGP é uma plataforma especializada nos pilares ambiental, social, de governança e produtividade (ESGP), conectando pequenos e médios produtores rurais a especialistas e empresas fornecedoras de soluções nessas áreas. Com solução de marketplace especializado, a startup já atende uma rede de mais de 200 produtores, o que atraiu centenas de empresas parceiras para a plataforma.  

 

Uma das tecnologias desenvolvida pela startup com foco nos pequenos produtores é o ESGPT, um bot que responde perguntas relacionadas aos 4 pilares da agtech, facilitando a conexão entre os principais desafios do campo e soluções disponíveis.

 

Em 2025, a AgroESGP planeja aprimorar sua base de soluções para a agricultura regenerativa e de baixo carbono, ampliando conexões com fornecedores de tecnologias, especialmente no pilar ambiental.  Além disso, pretende lançar o agroespecialista.com, uma vertente da plataforma que irá atrair produtores, com a meta de expandir para 500 empresas pagantes, o dobro da quantidade atual.

 

- Aurica

A Aurica atende empresas e organizações com soluções em ESG e sustentabilidade para o agronegócio, oferecendo para produtores rurais e para a agroindústria, consultorias e tecnologia. 

 

Se 2025 marca a chegada da geração da IA e da sustentabilidade, a startup tem como plano simplificar a gestão de indicadores ESG e garantir a transparência e a conformidade regulatória, enquanto promove práticas sustentáveis que potencializam oportunidades financeiras e fortalecem o posicionamento das empresas parceiras no mercado

 

- Biota

A Biota, residente no Moon Hub PwC Agtech Innovation, é uma startup de biotecnologia especializada na produção de bioinsumos à base de fungos e bactérias, com ação no controle de pragas e no aumento de produtividade das lavouras. 

 

Com diferenciais como banco genético próprio, formulações inovadoras e capacidade industrial, a biotech planeja expandir sua área fabril e acessar novos mercados em 2025, fortalecendo a presença em Minas Gerais e ampliando as operações em outros estados brasileiros, tanto no modelo B2B quanto no B2C.

 

- Granto Seguros 

A Granto Seguros é uma insurtech uberabense que oferece seguro garantia, que garante obrigações contratuais privadas e públicas; riscos de engenharia, que protege obras contra danos, imprevistos ou acidentes; e responsabilidade civil, que protege profissionais contra processos provenientes de danos involuntários causados a terceiros. Todos os serviços tem como foco em soluções digitais que integram tecnologia avançada e atendimento humanizado. 

 

Em 2025, a startup quer fazer o uso da tecnologia para expandir os negócios pelo país. Com isso, pretende desenvolver soluções baseadas em inteligência artificial para subscrição de riscos e democratizar o mercado de seguros no país, mantendo forte presença no ecossistema mineiro de inovação e contribuindo para o crescimento local.

 

- ICrop 

A ICrop, especializada em gestão da irrigação, aplica tecnologia à agricultura para fornecer decisões estratégicas baseadas em fatores como condições edafoclimático, estádio fenológico da cultura, equipamentos, energia elétrica, disponibilidade hídrica e de capital humano, entre outros fatores.  

 

Com portfólio que atende desde pequenos produtores até multinacionais, seu principal objetivo é auxiliar na tomada de decisão no campo, otimizando o uso da água e melhorando o desempenho da irrigação nas lavouras.

 

Os planos para 2025, incluem fortalecer a presença em áreas já consolidadas e expandir a atuação alcançando o mercado internacional, com foco nos Estados Unidos, Europa e Egito. Para isso, visa investir no desenvolvimento de novas tecnologias que impulsionem suas operações e promovam a escalabilidade global.

 

- Safe Trace 

A Safe Trace atua no mercado de rastreabilidade de alimentos, trazendo eficiência e transparência na gestão de processos e riscos socioambientais. Oferecendo soluções tecnológicas para produtores rurais, varejistas, indústrias e cooperativas, grantindo a digitalização da cadeia produtiva.  

 

Em Minas Gerais, a  startup apoia a cadeia do café, fortalecendo a economia local, ao promover a rastreabilidade de ponta a ponta do grão. Assim, leva para o mercado global a história do produto mineiro.

 

Para 2025, a Safe Trace tem como objetivo consolidar sua marca como referência em rastreabilidade no agronegócio. Para alcançar essa meta, a startup  planeja participar de eventos e feiras do setor, além de expandir seu mercado tanto nacional quanto internacional. Para potencializar as ações a agtech pretende lançar novas funcionalidades em suas plataformas, aproveitando a crescente demanda por práticas sustentáveis e a expansão da agricultura 4.0.

 

Fonte: https://www.pwc.com.br/pt/consultoria/agtech-innovation/agtech-innovation-news/materias/2025/Com-foco-em-sustentabilidade-e-inteligencia-artificial-agtechs-mineiras-se-preparam-para-2025.html

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