30/06/2025

Prefeitura de Uberaba apresenta novo diagnóstico da população em situação de rua

Evento em Uberaba discute diagnóstico da população em situação de rua.

Foto: Lílian Veronezi - PMU

A Prefeitura de Uberaba divulgou nesta sexta-feira (27) o resultado do novo diagnóstico sobre a população em situação de rua na cidade. A pesquisa, realizada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, entre os dias 26 de março e 9 de maio de 2025, mapeou o perfil dessa população para subsidiar o aprimoramento das políticas públicas voltadas a esse grupo.

 

O estudo identificou 270 pessoas em situação de rua, número inferior ao registrado no último estudo, realizado em 2022, que apontou 286 pessoas. Dos entrevistados, 250 são homens, 15 são mulheres e duas pessoas se identificaram como trans. Três optaram por não declarar o gênero.

 

A faixa etária predominante está entre 18 e 59 anos (254 pessoas), enquanto 16 têm mais de 60 anos. Entre os entrevistados, 208 se identificaram como solteiros, 39 como divorciados, 9 como amasiados, 9 como casados e 5 como viúvos.

 

Quanto à raça ou cor, 131 entrevistados se autodeclararam pardos, seguidos por 70 pretos e 69 brancos. Em relação à escolaridade, 154 pessoas possuem o Ensino Fundamental, 83 concluíram o Ensino Médio e 11 chegaram ao Ensino Superior. Outros dez disseram ser alfabetizados, oito afirmaram não saber ler e escrever e quatro nunca frequentaram a escola.

 

* Dependência química como principal causa As principais causas que levaram os entrevistados à situação de rua foram o uso abusivo de álcool e drogas (263), seguido de conflitos familiares ou com companheiros (141), perda de moradia (59) e desemprego (19). Cinco pessoas declararam estar na rua por opção.

 

Em relação à utilização de substâncias, 112 apontaram uso combinado de álcool e drogas; 44 usam somente álcool; 27, apenas drogas; e 21, tabaco. Outras 48 pessoas relataram o uso de todas as substâncias listadas e 18 afirmaram não utilizar nenhuma dessas substâncias.

 

* Tempo nas ruas e vínculos familiares Ao todo, 122 dos entrevistados declararam estar em situação de rua há pelo menos cinco anos. Outros 78 afirmaram viver nessa condição entre um e cinco anos, enquanto 70 estão em situação de rua há, no máximo, um ano. Apesar disso, 83 afirmaram manter contato com familiares; 81 possuem contato às vezes; 63 declararam vínculos rompidos; 40 disseram quase nunca ter contato com a família e três não responderam.

 

* Situação de saúde e acesso a serviços Dos 270 entrevistados, 212 afirmaram estar com a saúde em boas condições; 54 relataram saúde debilitada e quatro, muito debilitada. Entre os serviços mais acessados pela população de rua, destacam-se o Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua – Centro POP (257), unidades de acolhimento institucional (237), o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas – Caps AD (162) e o Consultório na Rua (151). Também foram mencionados os Centros de Referência de Assistência Social – Cras (124), a Casa de Passagem (107) e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social – Creas (30).

 

* Benefícios sociais  Cerca de 62% dos entrevistados estão amparados por algum benefício social, sendo o principal deles o Bolsa Família (120). Outros recebem Benefício de Prestação Continuada – BPC (25), aposentadoria (18), auxílio-doença (2), seguro-desemprego (1) ou vale-gás (1). 103 pessoas afirmaram não receber nenhum tipo de auxílio.

 

* Política pública baseada em dados O formulário da pesquisa foi aplicado por técnicos do Serviço Especializado em Abordagem Social e do Centro POP. As equipes percorreram logradouros públicos com concentração dessa população e também aplicaram o questionário durante atendimentos na rede socioassistencial.

 

Para o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Ernani Neri, os dados demonstram que a rede de atendimento em Uberaba tem funcionado, uma vez que, ainda que pequena, houve redução no número de pessoas em situação de rua.

 

“Nosso trabalho não vai parar. Ainda há desafios complexos a serem enfrentados, especialmente no que se refere à dependência química, uma área que exige ações articuladas e permanentes com a rede de Saúde”, aponta o secretário. 

 

Conforme Neri, o levantamento é fundamental para nortear ações ainda mais eficazes daqui em diante. “O estudo nos dá uma radiografia precisa, que nos permite fortalecer a rede de atendimento, com foco na reintegração social e no respeito à dignidade dessas pessoas”, finaliza.

Acesse o diagnóstico : https://portal.uberaba.mg.gov.br/pmudrive/file/arquivos/ZDU1ZWM0NDk4ZGUzZDkzZTA3YWFjOWZkYTBlMDQ1ZDcucGRm

 

Secretaria Especial de Comunicação

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