A professora Camila Souza, que leciona na Escola Municipal Arthur de Mello Teixeira, no bairro Conjunto Uberaba I, deu uma guinada nas aulas de português, para os alunos do 7° e 9° ano do Ensino Fundamental. Como forma de inovar no processo de ensino-aprendizagem e incentivar a leitura, a professora se uniu à bibliotecária da unidade, Daniela Martins, para criarem um projeto de lapbooks. “É um livro de camadas, de um assunto único, geralmente feito de papelão, como uma pasta de arquivos, com pequenos pedaços de papel, dobraduras e colagens”, explicou a professora. O projeto recebeu o nome de “Embarcando no mundo mágico dos livros”.

Os alunos se inspiraram no universo de “Harry Potter” e na famosa coleção de livros “Diário de um banana” para a produção dos materiais. “A escolha da temática geek para trabalhar conteúdos curriculares foi desafiadora e aconteceu com o objetivo de tornar as aulas mais atrativas, atrair e engajar os alunos, despertando o interesse pelo conteúdo. Além dessas sagas, nós adquirimos ainda a trilogia do ‘Senhor dos Anéis’, que ainda será trabalhada com os alunos. Todas essas aquisições foram feitas por meio dos repasses do Programa Dinheiro Direto na Escola (PMDDE)”, explicou a diretora Najara Oliveira.

Em sala de aula e na biblioteca, os alunos se reuniram com o objetivo de potencializar a leitura dos best-sellers, a produção textual e a criatividade artística para a criação dos lapbooks. O aluno do 7° ano, David Lucas Oliveira, contou que todo o processo teve duração de um bimestre. “Foi muito tempo de trabalho e leitura. Eu já tinha lido quatro livros (da coletânea do Harry Potter) e faltava só o último, mas acabei lendo todos novamente. Criar um lapbook não é só fazer um resumo, você precisa ter criatividade”, revelou. 

A culminância do projeto “Embarcando no mundo mágico dos livros” aconteceu no último dia 23, na Biblioteca Pública Municipal Bernardo Guimarães, com uma exposição, aberta ao público, dos trabalhos realizados em sala de aula. “Foi uma experiência incrível porque melhorou minha leitura. Antes, eu tinha preguiça de ler livros grandes, mas o projeto me fez ter mais interesse até por histórias com uma linguagem mais difícil”, contou a aluna Carolina Vitória Silva. 

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