Por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde, em parceria com os Departamentos de Vigilância Epidemiológica e Controle de Zoonoses e Endemias, a Secretaria de Saúde promoveu na tarde desta quarta-feira (21), uma capacitação a fim de preparar os profissionais da rede de saúde quanto aos cuidados necessários com o atendimento dos pacientes que apresentem os sintomas para febre maculosa.

O encontro, que ocorreu na modalidade de videoconferência, foi conduzido pela médica infectologista Danielle Borges Maciel e pelo chefe da Seção de Controle de Zoonoses e biólogo, Luiz Gustavo Pinheiro Rodrigues.

Durante a capacitação, eles destacaram que não há em Uberaba nenhum caso registrado da doença, e que é de suma importância manter a equipe preparada e em alerta. Foram abordados temas sobre situação atual da doença, notificação, transmissão, manejo clínico, diagnóstico laboratorial e tratamento.

“Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, náuseas e vômitos e dor muscular constante, o que é um pouco parecido com dengue. Por isso é muito importante conversar com o paciente sobre os locais onde ele esteve nos últimos quinze dias. Se ele exerce as atividades laborais em área que possa ocorrer essa transmissão, como em ambientes rurais, por exemplo. Isso será determinante para que o tratamento adequado inicie de imediato”, explicou Danielle.

Também foram discutidas áreas de risco de contaminação, hospedeiros e orientações quanto à prevenção da febre maculosa.
“Ao visitar áreas ou locais que tenham o inseto, use roupas claras e compridas e sapatos fechados. Essa medida vai auxiliar na identificação do carrapato, caso esteja nas vestimentas. Orientamos também a vedação da barra da calça e do punho da camisa. E ao encontrar um carrapato em qualquer parte do corpo, não esmague ou esprema o inseto. Tente retirá-lo com uma pinça. Depois de removê-lo, é preciso lavar a área da mordida com álcool ou sabão e água”, ensina Luiz Gustavo.

A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria transmitida pela picada de uma das espécies de carrapato. O parasita depende de sangue de outros seres para sobreviver. Seus hospedeiros podem variar de região para região, podendo ser encontrados em cachorros, gatos, cavalos, bois e capivaras, que são os mais comuns.

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